O Jogo e a Brincadeira
Primeiro devemos delimitar o jogo como toda brincadeira em que se use, ou não, brinquedos, de faz-de-conta ou concretos. Também quando dissermos brinquedos, entenda-se como tal qualquer objeto, de sucata ou produzido para este fim.
Neste eixo, teremos como base as teorias de Piaget e do filósofo francês Gilles Brougère, quanto a influencia do jogo e do brincar no aprendizado infantil.
Para Piaget, a criança constrói seus conhecimentos a partir de interações com os adultos, os objetos e as ideias. O autor apresenta em sua teoria que a criança aprende por suposições que se concretizam, como verdadeiras, ou são substituídas por novas, através de comparações e vivências lúdicas ou concretas. Enquanto brinca, a criança organiza seu pensamento.
Através da brincadeira, a criança pode se inserir no grupo, aprendendo a viver em sociedade. Assimila regras de conduta e a “troca de turnos” (o estar com a vez).
Para Brougère, o jogo é uma construção social que pode ser aproveitado para estimular o aprendizado, porém deve transmitir liberdade, com possibilidades variadas de finalização e desenvolvimento. “Quando todos sabem quem vai ganhar, deixa de ser um jogo.” (Brougère, em entrevista à Nova Escola)
A forma de brincar deve ser aprendida e progressivamente evoluir. Não se deve deixar de estimular esse progresso. O bebe quando explora e inicia suas brincadeiras tem por objetivo conhecer e experimentar o mundo, mas a partir dos dois anos, já pode entender regras simples e jogos de grupo, como cirandas.
O brincar, assim como outras atividades, se enriquece quando são adquiridas experiências. Na interação com outras crianças e com adultos, a criança aprende maneiras diferentes de jogar.
Para que isso ocorra, a criança precisa ser motivada, não obrigada, a interagir e perceber o prazer que há na interação lúdica do brincar.
O jogo pedagógico deve ser apresentado à criança como algo positivo e divertido, usado para enriquecer o aprendizado. Também é proveitoso para estimular as noções espacial, de conduta e lógico-matemática.
Deve-se sempre ter em consideração a idade cronológica da criança e sua condição cognitiva ao propormos jogos e brinquedos pedagógicos, para que não esteja além de sua capacidade de compreensão, ou abaixo dela.
Jogos propostos:
3 a 5 anos: Comece a introduzir brinquedos que desenvolvam a memória, raciocínio e noção de causa e efeito.
Dicas: quebra cabeça, massinha, livros ilustrados, ábaco, alfabeto ilustrado, formas geométricas, blocos de encaixe.
5 a 7 anos: Através de brinquedos educativos a criança pode desenvolver habilidades matemáticas e linguagem escrita.
Dicas: jogo de encaixe alfabético e silábico, carimbos, dominó, jogo de estratégia, encaixes de números, jogos de tabuleiro, varetas.
7 a 12: Deve-se estimular a criatividade, raciocínio lógico, imaginação e conceitos matemáticos.
Dicas: xadrez, damas, bingo, cartas, jogos de tabuleiro, livros, palavras cruzadas.
Adorei a matéria!Estou em pleno projeto de jogos de tabuleiro com minha turma! Menina na hora que os outros alunos vieram brincar com nossos jogos não teve dificuldade nem uma com os alunos especiais! Nem se percebiam as diferenças! Foi muito bom!Estou te seguindo porque quero que minhas colegas leiam!
ResponderExcluirA matéria é muito legal e útil. obrigada
ResponderExcluirIlca,
ResponderExcluirMuito enriquecedor o texto que publicaste, com certeza irá contribuir muito.
Obrigada, abraço